A Claquete é das ferramentas mais antigas do cinema. Ela, ainda com a mesma função, é uma referência visual e sonora para que a gente coloque as coisas em sincronia (já que som e imagem são captados em diferentes equipamentos, obviamente). Além disso ela nos conta muito sobre o que vamos ver (cena/plano/take) e ainda nos conta sobre onde está sendo capturada (rolos).
Ela não parece nobre. Ela é um instrumento (mesmo as digitais) mecânico. Aliás como muita coisa no cinema ainda é. Ela não é glamurosa. Ainda mais em tempos de sync digital (inúmeros softwares oferecem esse serviço: Plural Eyes, DaVinci, etc). Ou seja, já que o software synca, por que a gente vai "perder esse tempo" no set batendo aquela madeira?
Muito bem, a gente explica: porque softwares não sabem tomar decisões. E, se alguma coisa der errado, você não pode perder tempo humano de ilha sincando o material pela boca dos atores. Então a velha claquete ajuda a todos na pós...
Claro que temos exemplos de gente que fez/faz isso com maestria, como o da equipe de Bastardos Inglórios, que ao deixar claro a letra que se referem na claquete, usam palavras geniais e divertidas.
Então eu fiz um video, com a colaboração do Guilherme Castelli pra que a gente celebrasse esse ato tão altruísta, o de bater a claquete. Chamei de Hit That Slate.
